Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição: no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Itatiaia, Petrópolis e Teresópolis.
Árvore com até 16 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Popularmente conhecida como ingá-tabaco no Rio de Janeiro (Silva, 2007), foi registrada exclusivamente em Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) associada à Mata Atlântica presente no estado do Rio de Janeiro, municípios de Itatiaia, Petrópolis e Teresópolis. A espécie apresenta distribuição restrita, EOO=1668 km², AOO=28 km², três situações de ameaça, considerando-se a distinta intensidade, frequência e cronologia de incidência dos vetores de pressão antrópicas documentadas para cada município, e presença em fitofisionomia severamente fragmentada. Os municípios de ocorrência da espécie apresentam significante redução da vegetação original, e entre 50% e 70% da vegetação original de seus territórios já foram convertidas em usos antrópicos (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2020). Áreas de pastagem já ocupam cerca de 1/5 das áreas destes municípios (Lapig, 2020), e cerca de 83,7% da área agrícola total do município de Teresópolis (Meier et al., 2006). O aumento na intensidade e frequência de incêndios florestais de larga escala também constitui vetores de pressão intensos em toda a região serrana do estado do Rio de Janeiro, inclusive dentro de áreas legalmente protegidas como as que a espécie foi registrada (Aximoff e Rodrigues, 2011). Apesar de ter sido descrita como comum em uma localidade de coleta, e possuir registros dentro de áreas protegidas de forma integral, como o Parque Nacional do Itatiaia, sabe-se que a ampliação destas ameaças em suas áreas de ocorrência é uma realidade, principalmente fora de Unidades de Conservação de proteção integral. Assim, infere-se declínio contínuo em EOO, AOO, área, extensão e qualidade de habitat. Diante deste cenário, portanto, T. duckei foi considerada Em Perigo (EN) de extinção nesta ocasião. Recomendam-se ações de pesquisa (buscador novas áreas de ocorrência, censo e tendências populacionais, estudos de viabilidade populacional) e conservação (Plano de Ação, busca pela espécie em áreas protegidas com habitat potencial) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza no futuro, poisas pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção. Ações de conservação ex situ também se fazem necessárias, de forma a complementar as ações in situ em andamento.
Descrita em: Cat. Árvores Nativas Minas Gerais 140, 2006. É reconhecida pelo tronco com casca lisa pardo-acinzentada e cerne vermelho-vinoso com listas longitudinais brancas, folíolos verde-claros concolores ou com face abaxial canescentes e ferrugíneas sobre as nervuras primária e secundárias. Popularmente conhecida como ingá-tabaco no Rio de Janeiro (Silva, 2007).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 4.1 Roads & railroads | habitat | past,present,future | national | very high |
A constante expansão de estradas é um fator que contribui para a perda de biodiversidade e degradação florestal na Mata Atlântica (Joly et al., 2019). Costa et al (2019) confirmaram pela primeira vez os efeitos à biodiversidade ocasionado pela construção e pavimentação de rodovias, bem como o tráfego intenso de veículos no Bioma da Mata Atlântica, que podem se estender por muitos metros além da estrada, tendo efeito direto na mortalidade e diversidade das no fragmento. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | local | high |
O sistema de gado ocupa notavelmente a maior extensão territorial, 83,7% da área agrícola total do município de Teresópolis (Meier et al., 2006). Os municípios Itatiaia (RJ), Petrópolis (RJ) e Teresópolis (RJ) possuem, respectivamente, 20,82% (5018,8ha), 18,99% (15025,7ha) e 18,15% (14036,2ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | local | high |
Os municípios de ocorrência da espécie apresentam significante redução da vegetação original. Os remanescentes florestais representam 31,17% de Petrópolis (RJ), 36,41% de Teresópolis (RJ) e 50,92% de Itatiaia (RJ) (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity | habitat | past,present,future | regional | high |
Foram identificados 323 casos de incêndios no Parque Nacional do Itatiaia entre os anos 1937-2008 não consecutivos. As queimadas ocorreram sobretudo no inverno (90%) em período de seca. A maior parte dos incêndios teve causa e agentes desconhecidos (88,2%), sendo que do restante das ocorrências, 82,6% foram provocadas por humanos, sendo a maior parte dessas, para limpeza e renovação da pastagem com 42,8% dos casos (Aximoff e Rodrigues, 2011). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental de Petrópolis e Parque Nacional do Itatiaia. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |